...E Janeiro de 2009 acaba. A década de dez, em sua denominação redundante, e talvez por isso mesmo raramente ouvida, começará daqui a um ano ou dois no máximo, dependendo de como escolhermos contar o tempo. Em 2012 o calendário Maia acaba e quiçá veremos o fim do mundo chegando ao tropel das carruagens de fogo de deuses alienígenas regressos. Porém, sobrevivemos a tantas profecias, ao fim do mundo no ano 2000, ao bug do milênio e mais importante, ao fim da história de Francis Fukuyama. E como o mundo pós humano ainda está longe, ainda mais para quem mal pode pagar as prestações de um computador pré pós moderno, quanto mais avanços biotecnológicos, a humanidade segue vivendo, com mais um tempo pra criar novas ideologias.
Janeiro de 2009. Mês de trabalho desde o dia seis, calor intenso, recursos entrando no curso, uma nova rotina estabelecida. Pessoas de capricórnio fazem aniversário, ganhando mais uma camada de verniz do tempo. E os nativos de Aquário também começam a envelhecer. Reparo mais nas pessoas, o quanto mudam ou permanecem as mesmas. Pego no flagra versões defasadas do meu ego tentando voltar para minha personalidade. Então relaxo e vejo que é hora de botar tudo nos eixos. Os livros que leio, as situações das quais participo, as pessoas que encontro, nunca falaram comigo tão francamente. Os ecos de uma vida anterior passada na índia chegam até a conversa dos alunos sobre a mais recente novela. As emanações do espaço tempo são irônicas, ou ao menos essa é minha forma de interpretar. Um mês de papéis estabelecidos e novos ganchos de personagem. Um mês rápido, acumulo três calendários pela casa e ele já acabou, nem comprei a agenda de papel, como das últimas duas tentativas em 2006 e 2007. Mês sem notas na agenda, sem postagens no blog. Mês do desfile pré carnaval das idéias não escritas. Fevereiro chega em um domingo e me faz uma proposta. Vamos ver no que vai dar. E se o espaço pode ser tão veloz quanto o tempo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário