quarta-feira, 16 de maio de 2007

Sono

Sono, eu vejo assassinos.

Sono, eu os vejo pequeninos.

Sono, as imagens afogadas

No pulsar das facas.

Na queda pulsante,

Dos corpos,

Das lâminas,

Das línguas.

Uma vasta onda

Esfola a realidade.

Calma, a maré afasta o solo,

Gota à gota.

Somo psicóticos sim,

Chacinados carvões!

Dois olhos se erguem.

Um corpo, uma miríade,

De afiados metais.

Cada retalho é

Reflexo do ser som.

Uma multidão de rostos,

De gozos,

Na infinidade das dimensões,

Goza!

Dos deuses pessoais a carne,

Cacos de aço,

Ri e rima.

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